"Avaliação: o Renegade Limited Edition vale a pena?
Na ponta do lápis, essa versão faz você economizar dinheiro. Mas pagando um pouco a mais e abrindo mão dos mimos, você pode ter o motor a diesel, com um desempenho muito melhor
N° Edição: 393 Texto: Flavio R. Silveira 28/02/2016
Com motor 1.8 flex, um Jeep Renegade básico sai por R$ 68.990. Na versão Sport, ele parte de R$ 74.990 com câmbio manual, e na Longitude, sempre automática, tem preço inicial de R$ 88.490 (ainda assim, conta com uma ampla lista de opcionais). Depois de analisar os itens preferidos dos clientes, a Jeep lançou o pacote Limited Edition, só para a versão Longitude, que eleva seu preço a R$ 95.490. Não por acaso, são apenas R$ 1.410 a menos que a versão topo (a mais vendida) do rival Honda HR-V.
O pacote de R$ 7.000, por si só, vale a pena. Além do logo Limited Edition nas laterais, traz rodas aro 18, airbags extras (laterais, cortinas e joelho), bancos em couro, tela TFT colorida de 7” entre os instrumentos (mais legal que a monocromática, tem diversas configurações) e teto preto. Se esses itens pudessem ser comprados de maneira avulsa no Longitude (bancos e painel não podem), somariam uns R$ 9.000. Ou seja, na prática você economiza cerca de R$ 2.000 em relação ao que pagaria em um Longitude “normal” com esses equipamentos (que nem existe). É pouco, mas ninguém anda por aí rasgando dinheiro.
Vale dizer, porém, que com mais R$ 10.500 você deixa de lado o Renegade Limited Edition flex e compra o Renegade Sport a diesel. Troca os mimos do pacote (itens como ar-condicionado bizone, borboletas no volante, maçanetas e retrovisores na cor do carro, rack no teto e central multimídia touchscreen com GPS) por um motor de verdade. No lugar do fraco e gastão 1.8 flex de até 132 cv e 19,1 kgfm, leva um econômico e valente 2.0 turbodiesel de 190 cv e 35,7 kgfm, e, ainda, tração 4×4 com seletor de terreno. Gasta bem menos ao abastecer e ainda enfrenta a aventura que quiser (fazendo jus à imagem off-road da marca).
Mas o 1.8 flex é ruim assim? Depende. Se você circula com carro vazio em ruas planas, viaja por estradas onde as ultrapassagens são raras e não faz questão de desempenho, pode até ficar feliz com ele. Mas se você anda carregado, sobe serra, pega estradas de pista única, saiba que ele anda como um carro 1.0. A transmissão automática de seis marchas até que trabalha muito bem, com trocas frequentes (e às vezes irritantes) para tirar o máximo do motor, mas não adianta muito. Nesse caso, reveja suas prioridades, lamente a perda dos mimos e avalie a compra do diesel.
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Ficha técnica:
Jeep Renegade Longitude 1.8 Limited Edition
Preço básico: R$ 95.490
Carro avaliado: R$ 102.290
Motor: 4 cilindros em linha 1.7, 16V, comando variável
Cilindrada: 1747 cm3
Combustível: flex
Potência: 130 cv a 5.250 rpm (g) e 132 cv a 5.250 rpm (e)
Torque: 18,6 kgfm a 3.750 rpm (g) e 19,1 kgfm a 3.750 rpm (e)
Câmbio: automático sequencial, seis marchas
Direção: elétrica
Suspensões: McPherson (d/t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,232 m (c), 1,798 m (l), 1,666 m (a)
Entre-eixos: 2,570 m
Pneus: 225/55 R18
Porta-malas: 260 litros (1.300 com os bancos rebatidos)
Tanque: 60 litros
Peso: 1.440 kg
0-100 km/h: 12s6 (g) e 11s5 (e)
Velocidade máxima: 179 km/h (g) e 181 km/h (e)
Consumo cidade: 8,9 km/l (g) durante o teste e 6,2 km/l (e) estimado
Consumo estrada: 10,2 km/l (g) durante o teste e 7,1 km/l (e) estimado
Nota do Inmetro: não participa
Emissão de CO2: sem dados
Classificação na categoria: não participa
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Fonte: http://motorshow.com.br/avaliacao-renegade-limited-edition-vale-a-pena/