Não é segredo que os pneus são alguns dos itens mais importantes de um veículo, por isso, é preciso cuidar bem deles. Quando estão em bom estado, eles facilitam o rodar, garantem a segurança dos ocupantes e ainda ajudam a economizar dinheiro – se danificados ou sem manutenção, podem aumentar o consumo de combustível e gerar gastos indesejados com substituições prematuras, por exemplo.
“A recomendação mais básica e também a mais eficiente para preservar os pneus, é manter todos eles sempre calibrados de acordo com as diferentes condições de carga, seguindo as indicações do fabricante do automóvel”, explica Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Continental Pneus Mercosul. Além disso, o profissional destaca que é o carro deve estar sempre alinhado e balanceado.
Vale a pena frisar que, para obter maior precisão, os componentes devem ser calibrados ainda frios. A dica, então, é que o motorista faça isso logo que sair de casa. “Manter a correta calibragem dos pneus também gera economia de combustível, pois faz com que a resistência ao rolamento seja minimizada”, diz Astolfi.
E a calibragem jamais pode ser feita no “chutômetro”, já que a segurança fica em risco quando o automóvel roda com pressão inferior ou superior à recomendada.“Pressões inadequadas sobrecarregam os ombros do pneu. Nesse cenário, a distância de frenagem se torna maior, prejudicando inclusive o controle sobre a direção. Para saber a correta, basta consultar as etiquetas afixadas nas portas, ou no batente das portas, ou ainda no bocal de abastecimento de combustível. Os números também podem ser encontrados no manual do proprietário”, afirma Astolfi.
Motorista deve checarDe tempos em tempos, vale a pena checar a situação dos pneus. Conforme o carro roda, a borracha tende a desgastar, mas nunca pode ficar com a profundidade de sulco igual ou inferior a 1,6 milímetros. Essa situação deixa o motorista sujeito a multa (R$ 127,69, cinco pontos na carteira e retenção do veículo para regularização) e aumenta a probabilidade de acidentes em razão da menor capacidade de drenagem da água, em dias de chuva, e do comprometimento tanto da frenagem como da tração.
Para verificar o desgaste é preciso usar o índice TWI (Tread Wear Indicator). “São seis indicadores distribuídos pelo perímetro do pneu e presentes em todos os sulcos. O TWI possui altura de 1,6 mm, e, quando a altura dos blocos da banda de rodagem se igualarem a ele, isso significa que o produto atingiu a menor profundidade de sulco permitida e deve ser substituído. E essa troca tem de ocorrer mesmo que apenas um dos lados tenha alcançado a marca”, aconselha o profissional.
Também é preciso ficar atento ao surgimento de bolhas (rupturas na lona). Normalmente, elas são geradas por impactos contra buracos e colisões com o meio-fio, por isso, não costumam ser cobertas pela garantia das fabricantes. Quando isso acontece, é importante fazer a troca do equipamento, pois a bolha pode aumentar de tamanho e se romper, causando a perda súbita de pressão.
RodízioO rodízio também é uma forma eficaz de manter os pneus conservados e prolongar sua vida útil. O sistema consiste em inverter a posição dos que rodam nos eixos dianteiro e traseiro. “Quando efetuada nos intervalos de tempo recomendados no manual do veículo, essa ação contribui para manter uniforme o desgaste, proporciona melhor estabilidade, especialmente em curvas e freadas, e colabora para uma melhora no desempenho global do veículo”, afirma Astolfi.
Ele explica que, no caso de carros com tração traseira, colocam-se os pneus traseiros na frente em linha reta e os dianteiros para trás de forma cruzada. Veículos com tração nas quatro rodas têm o “X” como padrão do rodízio: o pneu esquerdo traseiro é substituído pelo direito dianteiro e o direito traseiro pelo esquerdo dianteiro. Já em modelos de luxo, esportivos e SUV, o recomendado é seguir as instruções indicadas pela montadora no manual.
fonte:Garagem 360